domingo, 22 de dezembro de 2013

The Graduation Trip: Cap. 5

Ok Bia, calma, pensei respirando fundo, as pessoas se atrasam.

Olhei para meu celular, 21:50, já estava na cafeteria a mais de uma hora.

Me levanto e vou até o balcão.

-Um café, por favor. –pedi para a moça que tinha seus cabelos loiros presos a um rabo de cavalo.

-Irá ficar acordada a noite inteira desse jeito. –ela alertou vendo que já era o terceiro ou quarto café que tomava.

Dei um sorriso de lado tímido e voltei para a mesa onde estava sentada.

Ele é somente um cara que você conheceu em um café, ele não tinha obrigação nenhuma de vir aqui hoje.

Mas sou tola em ter acreditado com todas as minhas forças que ele realmente viria hoje e que depois combinaríamos algo em algum outro dia para nos conhecermos melhor.

Tola.

Ele é só mais um cara, sem obrigações.

Talvez você só seja mais uma na lista “Magoadas” dele, ou na lista “Não quis ir”.

Talvez isso tenha sido para seu próprio bem, pense por este lado.  Tentei me consolar.

Ou ele achou que você é só mais uma garota desolada a procura de um príncipe encantado, fazendo com 
que ele nem quisesse provar o sabor de meus lábios.

Lágrimas percorreram meu rosto, as limpei rapidamente.

Mas, pensei comigo mesma, ele é só mais um cara.

                                                                              ***

-Pensei que voltaria mais tarde. –a voz de Miranda invadiu o quarto. – Ainda são só dez horas.

Ela pulou em minha cama e se deitou ao meu lado.

-Foi legal?- perguntou ela.

-Houve problemas técnicos, vamos dizer assim. –respondi lembrando daquela uma hora e meia que esperei 
por ele sentada naquela cadeira encarando minhas xícaras de café.

-O que houve?-olhei para ela por um instante e depois comecei a encarar o teto. –Já sei, ele era feio. Então me diz, com que animal ele se parecia? –soltei uma risada abafada –Um castor, um porco ou um...

-Não. Quer dizer, -suspirei – eu não sei.

-Como assim “eu não sei”? –encarei ela, já podia sentir meus olhos se encherem de lágrimas. –Oh, ele não foi.

Passei as costas das mãos nos olhos, não podia me dar ao luxo de chorar, afinal, nem era um encontro de verdade.

-Sinto muito. –Miranda disse me abraçando.

-Não tem problema. Não era um encontro de verdade.-eu disse ouvindo minha própria voz saindo tremida. 
– Ele só era um garoto que eu conheci em um café ontem.

De um modo me ouvir falar aquelas palavras em voz alta me trazia um certo conforto.

-Ele era só mais um garoto. –falei mais para mim mesma do que para Miranda.

Mas falar aquilo, também significava que estava tentando convencer a mim mesma a encarar a dura e triste realidade.

-Talvez não tivesse que ser. –falou Miranda, sentia o tom de pena em sua voz.

-É, talvez. –falei tentando me conformar.


Talvez, pensei novamente.

Por: Writer 1

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